Congresso direcionado a professores e educadores reúne mais de 2 mil pessoas em São Paulo

A 14º edição do Congresso ICLOC (Instituto Cultural Lourenço Castanho), tradicional evento educacional da cidade de São Paulo, reuniu mais de 2 mil pessoas no último sábado (02/09), entre professores e educadores no prédio da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) em São Paulo. O Congresso debateu as vivências práticas de como a educação pode avançar para aprimorar a qualidade do ensino no Brasil, com a participação de profissionais da cidade de São Paulo, do interior paulista e de diferentes estados brasileiros.

Durante o evento deste ano, foram apresentados um total de 730 trabalhos, sendo 63% de escolas particulares e 27% de escolas da rede pública. A Escola Lumiar foi responsável por 65% das propostas educacionais inscritas.

“Tivemos nesse congresso professores e educadores de escolas públicas e privadas, todos com o mesmo objetivo, de trazer suas práticas, trocar ideias, incentivar uns aos outros e esse é o grande benefício, que nós como instituição podemos proporcionar aos participantes”, comentou a Head do Instituto Lumiar, Débora Accioly.

O diretor da Escola Lourenço Castanho (unidade Alto da Boa Vista), Alexandre Abbatepaulo, representante do Instituto Cultural Lourenço Castanho, explicou que a edição do ICLOC 2023 é principalmente uma retomada, uma grande volta do congresso que movimenta a cena da educação de São Paulo e também do Brasil. “É uma retomada muito importante de um congresso que agrega professores de diferentes instituições públicas e privadas, e a edição deste ano marca em definitivo a volta do ICLOC, tivemos mais de 700 trabalhos e mais de duas mil pessoas participando, isto para nós é muito importante”, explicou Abbatepaulo.

Troca de Práticas e Ideias
O evento teve mais de nove horas de duração, e todas as apresentações de trabalho aconteceram em salas de aula, o que segundo a organização do evento foi uma forma de deixar esses professores ainda mais à vontade na hora de apresentar seus trabalhos. “Tivemos esse cuidado em fazer todo o congresso em salas de aulas, para que os apresentadores, que são professores e educadores, pudessem sentir o chamado chão de sala de aula, e isso acabou deixando essas pessoas que apresentaram seus trabalhos ,aos próximas de seus contextos”, comentou Débora Accioly.

A professora Leila Novais, da Escola Lumiar, que apresentou seu trabalho de construção de um carrinho junto com alunos do Ensino Básico, o Projeto Lumicina, destacou que o mais importante do ICLOC é a oportunidade de integração e o conhecimento trocado entre professores. Para ela, tão importante como apresentar seu trabalho é agregar conhecimento assistindo a apresentação de outros colegas. “É sempre muito importante dividir nossa metodologia de ensino e poder absorver conhecimento por meio de práticas de outros professores e escolas, foi uma oportunidade incrível, e, sempre quando termina o ICLOC, ficamos com um gosto de quero mais, com aquela vontade de assistir ainda mais apresentações”, comentou.

Representante de uma escola pública da rede municipal da cidade de São Bernardo do Campo (SP), a educadora Tatiana Koga apresentou seu trabalho e estava encantada com a oportunidade dessa troca de ideias e ações. “Para nós da rede pública o ICLOC é uma oportunidade incrível, aprendemos e ensinamos, pudemos debater bastante e saímos desse congresso com ótimas ideias para a nossa escola e alunos”, comentou Tatiana.

Festival do Minuto
A edição do ICLOC 2023 contou com uma novidade, o Festival do Minuto, onde professores enviaram vídeos contando um pouco de sua história e de seus projetos que foram apresentados durante o evento. O vídeo deveria ter no máximo dois minutos, e, das centenas de vídeos enviados, houve uma pré-seleção de 10 filmagens que foram para votação na internet. Os três mais votados foram apresentados na cerimônia de encerramento do congresso e, novamente, houve uma votação que escolheu o primeiro, segundo e terceiro colocados do primeiro Festival do Minuto do ICLOC.

A diretora e educadora Karla Lacerda da Escola Lumiar, unidade Santos, foi a primeira colocada com o vídeo do projeto “Lumiar Brincante, e a adoção de uma praça pública em Santos”; em segundo lugar ficou o vídeo da professora Uliciane Braz, de São Paulo, com “Tangram, lenda chinesa em espelhos”; e a terceira colocada foi a professora Roberta Albuquerque, de Campo Grande (MS), com o “Projeto Dinossauros”.

Palestra de Encerramento
O encerramento do ICLOC contou com uma palestra de encerramento que teve como tema o uso da Inteligência Artificial em sala de aula, com a medição da professora e jornalista Patrícia Blanco e a participação de Dora Kaufman, economista, pós-doutora em Impactos Éticos da Inteligência Artificial e colunista da revista Época Negócios; Lucia Santaella, pós-doutora em Semiótica, em Kassel e Berlim (Alemanha), autora de mais de 50 livros; e do educador e jornalista Alexandre Sayad, que é autor do livro Inteligência Artificial e Pensamento Crítico, apresentador de TV no Canal Futura e colunista da rádio Band News, em São Paulo.

Sayad disse que participar do ICLOC é mais que especial para ele, já que o congresso é uma referência de educação no Brasil, por ser antes de tudo um evento de troca de práticas. “É uma troca de conhecimentos muito grande, um congresso que fala com o professor que está em sala de aula é fantástico, pois muitas vezes, em congressos, você fala com gestor, com formador de políticas públicas, com diretor de escola, mas aqui conversamos com o professor, e isso faz toda a diferença. O efeito prático na vida profissional desses professores é muito grande, a organização do ICLOC está de parabéns”, destacou Sayad.

Sobre o Instituto Cultural Lourenço Castanho (ICLOC)
O Instituto Cultural Lourenço Castanho – ICLOC é uma associação sem fins lucrativos que tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da educação brasileira. Fundado em 2009 pelas sócias da Escola Lourenço Castanho Jeannette Alicke De Vivo, Marilia de Azevedo Noronha, Maria de Lourdes Pereira Marinho Aidar e Sylvia Figueiredo Gouvêa, se propõe a concretizar um sonho e a responsabilidade social dos seus fundadores para além do âmbito da escola, que já contribuiu para a formação de mais de 8 mil alunos. Pretende estender os conhecimentos adquiridos e os valores Excelência, Inovação, Transparência, Abrangência, Democracia, Diversidade e Compartilhamento para toda a educação brasileira.

Sobre o Instituto Lumiar
O Instituto Lumiar é a vertente de responsabilidade social da Lumiar Educação, que compartilha iniciativas e experiências de educação embasadas na Metodologia Lumiar com as escolas públicas e OSCs que atuam com educação. Com isso, busca promover melhorias significativas na aprendizagem e valorizar os(as) educadores(as) para que tenham ferramentas de aprendizagem potentes, além de uma tecnologia social, para a construção de novos saberes e competências, formando, assim, estudantes críticos, conscientes e autônomos.