Colégio Santa Marcelina Rio de Janeiro cria moeda digital para estimular a Educação Financeira e a compreensão sobre o mercado financeiro

A unidade do Rio de Janeiro da rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia a tradição da qualidade educacional à inovação de uma proposta disruptiva, acaba de lançar uma moeda digital pioneira, denominada CriptoSanta, para fomentar o desenvolvimento da Educação Financeira em jovens estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental.

A ação teve início em março deste ano e está em processo de aperfeiçoamento e implementação, como parte da disciplina “Trilhas”, também uma novidade no currículo do colégio, que visa desenvolver competências e habilidades necessárias nos itinerários formativos do Ensino Médio, através da metodologia de projetos e do protagonismo dos estudantes.

O objetivo da iniciativa CriptoSanta é proporcionar, de forma lúdica, a experiência da manipulação de uma moeda virtual, incentivando os estudantes a compreenderem o funcionamento do mercado financeiro e a maneira de se comportar nele, incluindo as noções de valorização e desvalorização da criptomoeda, bem como compra e venda de produtos.

De acordo com o diretor do Colégio Santa Marcelina, Felipe Perdigão, a abordagem focada em moedas digitais permite aos jovens um maior domínio e compreensão dessa nova tendência do setor financeiro. “Desenvolver noções de Educação Financeira proporciona aos estudantes a consciência sobre administração e uso de recursos, além de propiciar maior autonomia”, afirma.

Segundo o professor Carlos Eduardo Campos, a partir da gameficação, são inseridos no cotidiano escolar novos modelos de trabalho, a fim de expandir as formas de acesso ao conhecimento. “Esse projeto foi desenvolvido de forma recreativa, visando um aprendizado prazeroso e efetivo ao estudante, garantindo assim, maior engajamento durante todo o processo”, esclarece.

Educação financeira em sala de aula
A disciplina “Trilhas” do Colégio Santa Marcelina é estruturada em três etapas ligadas aos projetos a serem desenvolvidos pelos estudantes, que consistem em Iniciação e Planejamento, a fim de definir respostas às perguntas básicas sobre o objetivo, motivo e cronograma de um projeto; a Ideação e Execução, que consiste em um plano de ação, monitoramento e controle; e a última etapa, o Encerramento, que engloba a revisão geral do projeto e devolutiva social.

As três etapas, por sua vez, se dividem em três fases que funcionam de maneira totalmente prática, conforme explica o professor Carlos Eduardo Campos. “Em cada uma das fases, os estudantes realizam tarefas e participam de desafios em perguntas das disciplinas parceiras do projeto, que atualmente são compostas por Matemática, Química, Língua Portuguesa e geografia. A partir dessa dinâmica, é possível acumular pontos, representados pela moeda virtual, as quais podem ser trocadas por momentos de lazer, descontos na cantina, eventos na escola, entre outras ações dentro da instituição”, diz Campos.

Segundo o professor Emerson Campos, a ideia é que a moeda CriptoSanta também renda juros e tenha um câmbio acadêmico, baseado em ações relacionadas às atividades socioemocionais no colégio. Dessa forma, os estudantes podem se planejar para definir quando e como gastar as moedas conquistadas, visto que as mesmas podem valorizar.

“Em um determinado período em que a escola desenvolve muitos projetos, temos uma valorização do câmbio da CriptoSanta. Em contrapartida, se o colégio estiver com poucos projetos em andamento, teremos uma desvalorização da moeda, corroborando para que o estudante aprimore seu senso de finanças, entendendo que esse cenário também acontece no mundo real”, explica o professor.

Segundo os idealizadores, os estudantes aderiram ao projeto com muita receptividade e curiosidade, e, partindo do princípio de que a virtualização dos processos financeiros já faz parte do cotidiano, acredita-se que esse tipo de conhecimento contribui para a formação de jovens mais preparados para dialogar com as novas tendências.