Com o objetivo de intensificar o compromisso com a sustentabilidade, a Rede de Educação Santa Marcelina tem ampliado e diversificado as iniciativas sustentáveis realizadas em suas unidades. As ações vão desde a conscientização dos estudantes e a sociedade, até práticas de preservação ambiental e eficiência energética, que envolvem a captação de água da chuva e implementação de sistemas de energia solar. Alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), os projetos abrangem, além dos estudantes, o corpo docente e a comunidade, refletindo o propósito da instituição.
Segundo a Gestora Educacional da Rede de Educação Santa Marcelina, Rita Rangel, a adoção de medidas que reduzam o consumo de recursos, como água e energia, é fundamental para contribuir com a conservação e uso eficiente desses recursos naturais. Além disso, as iniciativas destacam a importância de promover a criatividade e a inovação na busca por soluções sustentáveis para os desafios ambientais.
“Essas ações visam envolver e engajar especialmente os estudantes, a fim de cultivar uma cultura de respeito ao meio ambiente. Isto porque, é essencial desenvolver habilidades e valores voltados para a sustentabilidade, incentivando o respeito pelo meio ambiente e a adoção de práticas responsáveis no cotidiano dos jovens”, explica Rita.
Conservação de recursos hídricos
A unidade de Belo Horizonte/MG, em resposta à necessidade emergente de redução do consumo hídrico, implementou um sistema de captação de água da chuva e seu armazenamento em grandes reservatórios, que é utilizada na horta. O sistema de reaproveitamento é feito através de calhas diretamente ligadas a caixas d’agua. As caixas armazenam mais de 100 mil litros de água e são utilizadas para a limpeza dos espaços da escola e também para rega das plantas.
Além disso, a unidade instalou uma infraestrutura de energia totalmente fotovoltaica e estabeleceu uma composteira para gestão de resíduos. Outras iniciativas são projetos e ações desenvolvidas pelos próprios estudantes que provocam a reflexão sobre o desperdício de alimentos no refeitório. Na sala dos professores e por todo o colégio, os copos de plástico foram substituídos por utensílios de uso permanente.
Nesse mesmo contexto, na unidade de Botucatu/SP, foram instaladas cisternas para captação de água da chuva, cada uma com capacidade para armazenar até 10 mil litros. Essa água é então reutilizada em diversas atividades, como irrigação de hortas, jardins, pomares e na limpeza do prédio. Adicionalmente, o colégio e a Obra Madre Marina Videmari, parte da instituição Marcelina, também adotaram um sistema de energia solar.
Desde 2019, o colégio utiliza o sistema fotovoltaico, com retorno de 100% em economia de energia. Desta forma, no total, são 270 placas que geram eletricidade. A utilização do modelo, além de contribuir para a produção renovável de energia, reduz a pressão sobre os recursos hídricos do país, que são utilizados para a produção de energia hidrelétrica.
Na unidade de Palmas/TO, também foi implementada a coleta seletiva e a instalação de um poço artesiano. Além disso, foi adotado um sistema para reutilizar a água proveniente da lavagem das caixas d’água na irrigação das plantas, e placas de aquecimento foram instaladas na residência das irmãs.
Preservação do meio ambiente
A preservação das florestas e do meio ambiente também é uma questão valorizada pela Rede. Em 2023, as turmas do 9º ano da unidade de Belo Horizonte/MG realizaram um projeto de plantio de 66 mudas na região de BH, em parceria com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Além disso, o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, na unidade de São Paulo/SP está promovendo a conscientização e prevenção de questões relacionadas ao meio ambiente por meio de Rodas de Conversa com foco na Consciência Social.
Na unidade de Muriaé/MG, também foram implementadas diversas práticas sustentáveis, como o incentivo ao uso de garrafas reutilizáveis de água pelos estudantes e colaboradores e a conscientização sobre a importância de evitar o desperdício de água e papel. Além disso, houve a instalação de lixeiras para coleta seletiva e um esforço para envolver a comunidade em iniciativas sustentáveis por meio de programas de educação ambiental abertos a pais e estudantes.
Recentemente, os estudantes do Ensino Médio da unidade desenvolveram o projeto de um Biodigestor sob a orientação dos professores, como parte dos Itinerários Formativos. A iniciativa teve como objetivo a criação de um protótipo de biodigestor voltado para produtores pecuaristas e pequenos produtores agropecuários na região de Muriaé.
O objeto foi projetado para suprir a demanda por gás, tanto para uso doméstico quanto para indústrias de porte moderado, evitando a emissão de gases poluentes na atmosfera, sobretudo o metano, principal causador do efeito estufa.
Conscientização social
Por meio do Itinerário Formativo Optativo GES (Gestão Econômica e Social), a unidade de São Paulo desenvolveu um projeto com o tema Combate ao Desperdício, cujo objetivo é mitigar o desperdício de água e energia elétrica na escola, promovendo a conscientização e a coleta de resíduos e papéis para destinação à reciclagem.
Neste primeiro semestre de 2024, os projetos do GES têm como enfoque instruir os estudantes sobre Economia Criativa, Economia Circular e Empreendedorismo Social. Dentro desse contexto, estão em andamento projetos que envolvem a extração de óleo de caroço de açaí para a produção de cosméticos sustentáveis, a fabricação de farinha a partir da fibra do coco verde e a produção de esfoliante em barra utilizando borra de café, todos com o propósito de promover práticas sustentáveis de produção.
Rita explica ainda que as crianças têm papel ativo nestas iniciativas. Segundo a Gestora Educacional, em suas investigações, os pequenos estão em contato permanente com a natureza desenvolvendo uma relação afetiva profunda com o meio ambiente, que servirá de base para uma consciência ambiental efetiva.
“As experiências sensoriais e emocionais vivenciadas ao observar, por exemplo, a sombra que perpassa a fresta da janela, a mudança dos tons das folhas, o impacto estético dos ipês floridos no pátio do colégio e as formigas que habitam o jardim, despertam o encanto pelo mundo natural, promovendo o respeito e a empatia por todas as formas de vida. O Santa acredita que essa conexão precoce cria um vínculo afetivo que influencia suas ações futura em relação à preservação ambiental, formando pessoas conscientes e responsáveis pelo cuidado com a vida no planeta”, finaliza a a Gestora Educacional da Rede de Educação Santa Marcelina.
Sobre o Santa Marcelina
O Instituto Internacional das Irmãs de Santa Marcelina foi fundado em 1838 por Monsenhor Luigi Biraghi, com o auxílio de Marina Videmari, em Milão, na Itália. Dedicada à educação, à saúde e à assistência social, a Congregação difundiu-se globalmente a partir da instituição de colégios, hospitais e obras sociais.
Atualmente, presente em oito países, espalhados por três continentes. No Brasil, atua em 17 municípios, de nove estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Tocantins. O Instituto segue com a missão de levar adiante, com empenho e entusiasmo, a educação, a formação, a cura e a construção do ser humano íntegro e da sociedade. Tudo isto alinhado a uma metodologia inovadora de aprendizagem e em sinergia com as principais tendências do mercado educacional.