Holanda: alunos do Colégio Objetivo conquistam o segundo lugar com robô na maior olimpíada de Robótica do mundo

O Brasil saiu vitorioso de mais uma olimpíada científica internacional. Desta vez, a conquista veio por alunos do Ensino Médio do Colégio Objetivo e Colégio Objetivo Integrado, que lançaram mão de todo o conteúdo aprendido em robótica, inteligência artificial, realidade aumentada, mecânica e arte para atuaram de forma brilhante na maior, mais exigente e importante olimpíada de Robótica do mundo: a RoboCup Junior. Realizada de 17 a 21 de julho, na cidade de Eindhoven (Holanda), participaram aproximadamente 45 países, 2.500 competidores e 400 equipes, sendo três delas do Colégio Objetivo.

A equipe Time 73 RoBits – composta pelos alunos David Icheng Wang Chou (3ª série) e Sophia Yara Yano (2ª série), ambos do Objetivo Integrado, e por Marcos Menezes Nunes – da 3ª série do Objetivo Alphaville – conquistou o segundo lugar na modalidade Rescue Simulation, que é apresentada pelo computador aos jurados. Nela, um robô virtual percorre mapas de labirintos virtuais onde deve encontrar e resgatar vítimas de algum desastre, chegando a apresentar até 50 obstáculos a serem superados. É desse modo que operam as simulações de aviões, navios e foguetes.

E foi com esse desafio que os alunos, sob orientação do ex-aluno olímpico do Objetivo Sebastião Fróes – hoje professor no curso especial de Robótica do colégio –, desenvolveram e programaram estratégias para que o robô criado por eles se movesse identificando e superando obstáculos para o resgate.

Para isso, durante seis meses que antecederam a competição, eles criaram um código baseado em algoritmos para simulação de uma situação necessária de resgates, a fim de que, durante a olimpíada, o robô estivesse capacitado a explorar mapas de labirintos, propostos pelos organizadores, com vítimas a serem salvas.

Complexos, os oito mapas apresentados tinham por intuito tornar mais difícil a locomoção dos robôs. Pensando estrategicamente e literalmente com espírito científico, os alunos desenvolveram esses códigos de mapeamento suficientemente capazes de sobrepor esses obstáculos.

“Vistas pelo código, as pistas [ou mapas] iam ficando cada vez mais difíceis; cada uma delas apresentava áreas diferentes entre si para o robô explorar. Havia áreas com paredes extremamente irregulares, de formatos completamente arbitrários, que são muito complicados de navegar normalmente. Em qualquer uma das situações, o robô precisava usar os algoritmos contidos em sua programação para navegar com o máximo de eficiência. Assim, quanto mais vítimas o robô resgatava e quanto mais do mapa ele conseguia identificar, mais pontos ele ganhava, razão pela qual chegamos ao segundo lugar”, explica Fróes.

Já a equipe Molibdênio 42 – composta pelos alunos Ian de Freitas Nagai, Giovanna Lacerda de Oliveira e Catarina Morais Rosseti, da 2ª série do Ensino Médio do Objetivo Integrado, e por Lucas Yudi Iwai e Caio Yoichi Iwai, da 1ª série do Objetivo Paz, conquistou o prêmio de Melhor Projeto de Integração das Diferentes Tecnologias, competindo pela modalidade Onstage, que acontece em um palco, com interação entre humanos e robôs.

Neste ano, sob a orientação do professor Rogerio Gouveia Jr., os alunos inspiraram-se no tema Harry Porter. A apresentação no palco consistiu na atuação da professora Minerva (personagem interpretada pela aluna Catarina Rosseto), recebendo Lucas Potter (aluno Lucas Iwai) para seu primeiro dia em Hogwarts. Lucas passa pela seleção da casa em que faria parte e conhece a escola representada em palco. “A escolha da casa, como nos livros e filmes, foi realizada pelo chapéu seletor, um animatrônico que conversa utilizando uma IA”, explica outro professor da Robótica, André Rossini Corte.

Simpósio RoboCup
Além das premiações, pela riqueza de detalhes em ambos os projetos, que ofereceu abordagens sobre o trabalho de criação de algoritmos, da exploração de labirintos e do reconhecimento de imagens, as equipes Time 73 RoBits e a Molibdênio 42 foram selecionadas a apresentar seus projetos no Simpósio RoboCup, um espaço de discussão de contribuições científicas em todas as modalidades propostas pela olimpíada. O Simpósio é realizado todos os anos com a competição mundial e seus procedimentos são publicados pela Springer-Verlag’s Lecture Notes on Artificial Intelligence.